Sobre o PIB: é possível voltar a crescer com essa estrutura produtiva?

Por Nelson Marconi O PIB do terceiro trimestre veio, como todos esperávamos, despencando. Muita gente acreditava que a intensidade da recessão tinha amenizado no final em junho, mas a queda veio forte. Na verdade, só não foi maior por dois motivos: porque o auxílio emergencial evitou uma queda maior na renda de boa parte da população e as exportações de commodities (agropecuária e petróleo) também … Continuar lendo Sobre o PIB: é possível voltar a crescer com essa estrutura produtiva?

Breves notas sobre o descaminho de uma nação

Por Ricardo Carlos Gaspar* E a gente fica esperando Uma coisa, uma coisa  Que eu não sei o quê… Lô Borges, Aos barões (1972) O ideário e a prática desenvolvimentistas, que legaram ao Brasil uma estrutura produtiva industrial moderna e diversificada, foram abandonados a partir da década de 1980. Com eles, os projetos de construção nacional ou estratégias de longo prazo, bem como qualquer debate … Continuar lendo Breves notas sobre o descaminho de uma nação

Por narrativas econômicas que resgatem a esperança

Por Carmem Feijó, Carlos Henrique Horn, Fernanda Feil[i] No debate econômico internacional, a defesa do Estado mínimo e das políticas de austeridade está enfraquecida diante da profunda crise da Covid-19. O reconhecimento da importância de uma política fiscal expansionista com o propósito de alavancar e sustentar o crescimento já não parece tão utópico quanto outrora. Na crise em curso, as autoridades econômicas ao redor do … Continuar lendo Por narrativas econômicas que resgatem a esperança

Quão longe estamos de produzir nossos remédios no Brasil?

Por Tiago Couto A crise atual evidenciou os problemas que a dependência internacional do complexo industrial da saúde pode causar. Em recente artigo no A Terceira Margem, Eliane Araújo e Samuel Peres demonstram de forma clara essa dependência ao analisar a balança comercial brasileira para o setor, com importações e déficits crescentes. Também apontam as relações desta dependência com os problemas para o enfrentamento da … Continuar lendo Quão longe estamos de produzir nossos remédios no Brasil?

Entre recessões e baixo crescimento, economia brasileira está estagnada há quarenta anos

Por Ricardo Carlos Gaspar Desde a recessão de 1981-3, quando o Brasil se rendeu a reviravolta no cenário internacional e iniciou seu penoso ciclo de crise de longa duração, a estagnação fincou sólidas raízes entre nós. Vivemos, desde então, um processo de sucateamento do Estado, de atraso tecnológico e desindustrialização. O ideário e a prática desenvolvimentistas, que nos legaram uma estrutura produtiva industrial moderna e … Continuar lendo Entre recessões e baixo crescimento, economia brasileira está estagnada há quarenta anos

Três lições sobre a crise diplomática causada por Eduardo com a China

Por Guilherme Casarões, cientista político e professor da FGV Poucas horas depois de duas importantes coletivas do governo sobre o novo coronavírus, Eduardo Bolsonaro achou que seria uma boa ideia começar uma crise diplomática com o governo chinês. Afeito à verborragia virtual, o deputado comparou a resposta chinesa à tragédia de Chernobyl, na antiga União Soviética, e culpou o Partido Comunista Chinês pelo alastramento da … Continuar lendo Três lições sobre a crise diplomática causada por Eduardo com a China

Por quê os juros foram tão altos no Brasil? Uma lista de motivos – e mais um

Por Fábio Terra, economista e professor da UFABC. Os baixos juros que vigoram atualmente no Brasil são uma exceção à regra. Ao longo dos anos sempre tivemos elevadas taxas de juros em toda a extensão da curva de juros, partindo, inclusive, de elevados juros básicos do Banco Central. Qual a razão de termos tido – embora atualmente este não seja o caso – elevados juros … Continuar lendo Por quê os juros foram tão altos no Brasil? Uma lista de motivos – e mais um

O vírus deve estar dando risada

Por Nelson Marconi, economista e professor da FGV. Nossa economia vem titubeando para se recuperar da recessão há pelo menos três anos. Crescemos, em termos per capita, apenas 1,3% neste período. E continuaremos nessa toada, gerando empregos cada vez mais precários, se não houver o reconhecimento de que precisamos de uma estratégia nacional de desenvolvimento. O que o governo tem feito, até agora, é o … Continuar lendo O vírus deve estar dando risada