Repsol investe na produção de metanol sustentável a partir de resíduos
A empresa espanhola de energia Repsol anunciou que vai investir mais de 800 milhões de euros na construção de uma usina de reciclagem de resíduos domésticos em metanol renovável. O projeto, apelidado de Ecoplanta, foi selecionado pela União Europeia entre os 300 candidatos do fundo de inovação, devido ao seu potencial de redução de emissões e abordagem tecnológica única.
A futura instalação, prevista para ser lançada em 2029, está localizada em Tarragona e será a primeira fábrica na Europa a utilizar a gaseificação de resíduos para produzir metanol sustentável. Espera-se que a planta recicle cerca de 400 mil toneladas de resíduos por ano, dos quais cerca de 240 mil toneladas de combustível renovável serão produzidas. Durante o período de construção, a instalação criará 2.800 empregos temporários e, após o lançamento, empregará 340 funcionários em tempo integral.
A base tecnológica do projeto foi desenvolvida pela empresa canadense Enerkem, e a Repsol atua como um parceiro estratégico. Este passo de investimento confirma o compromisso da Repsol com o desenvolvimento sustentável e a modernização do setor industrial Espanhol. A empresa vê no projeto não apenas uma contribuição para a proteção do meio ambiente, mas também uma redução significativa na dependência de combustíveis fósseis tradicionais.
Os planos da Repsol vão além de uma única fábrica. Até 2027, a empresa pretende atingir um nível de produção de combustível renovável de 1,5 a 1,7 milhões de toneladas por ano e, até 2030, aumentar esse número para 2,7 milhões de toneladas. Isso incluirá não apenas metanol, mas também biometano e hidrogênio renovável. O objetivo da empresa é ser líder em tecnologias sustentáveis e desenvolver energia de baixo carbono na Europa.
O impacto ambiental do projeto Ecoplanta é a redução significativa das emissões de dióxido de carbono. A utilização de resíduos reciclados, em vez de matérias-primas tradicionais, reduziria a pegada de carbono e a própria fábrica faria parte da estratégia da UE para a transição para uma economia circular. No futuro, essas tecnologias podem ser fundamentais para alcançar os objetivos climáticos da UE e reduzir o impacto ambiental das empresas industriais.
