Cédulas e moedas de real: brasileiros estão guardando dinheiro vivo em meio à pandemia. (Joel Santana Joelfotos/ Pixabay)


Protestos em Espanha em defesa do direito à habitação

Em toda a Espanha, houve manifestações em massa em apoio ao direito à moradia acessível. Os manifestantes de 39 cidades do país exigiram que o governo central interviesse no mercado para garantir a disponibilidade de moradia para todos os cidadãos e reduzir os custos de aluguel e compra de imóveis.




Nos últimos anos, a Espanha tem visto um aumento acentuado nos preços de aluguel e compra de habitação. Em algumas regiões do país, as taxas aumentaram 10% ou mais. Os manifestantes argumentam que isso agrava a crise habitacional e torna a moradia inacessível para muitos cidadãos, especialmente jovens e famílias de baixa renda. Uma das principais demandas dos manifestantes foi a redução do custo do aluguel e a restrição da especulação imobiliária, que por sua vez poderia devolver os apartamentos vazios ou turísticos ao estoque residencial comum.

O slogan da campanha é "Acabemos com o negócio da habitação", que destaca o protesto contra a comercialização da habitação e sua transformação em uma mercadoria para investimento, em vez de uma base para fornecer condições vitais para as pessoas.
Protestos em grande escala em Madri começaram no Passeig del Prado, onde os participantes gritaram "Madrid será la tumba del rentismo" (Madri será o túmulo do negócio de aluguel). Em Las Palmas de Gran Canaria, os manifestantes pediram às autoridades que interrompessem a construção de apartamentos de luxo para turistas e concentrassem esforços para fornecer acomodações acessíveis para os moradores locais. Em San Sebastian, vários milhares de pessoas expressaram insatisfação com os preços recordes das casas — 5.708 euros por metro quadrado.

Uma atenção especial foi dada aos jovens que, em algumas cidades, como Palma, declararam que não podiam comprar ou alugar casas por conta própria sem o apoio da família. Em Málaga, o protesto ocorreu em meio a novas promessas das autoridades locais de congelar a emissão de novas licenças de aluguel turístico.
Os manifestantes pediram ao governo central que intervenha, usando ferramentas legislativas e econômicas para combater o aumento dos preços das casas e a especulação imobiliária. Embora o governo tenha anunciado anteriormente medidas para estabilizar o mercado, muitos acreditam que as soluções não correspondem à escala do problema.

Em resposta aos protestos, o governo espanhol já propôs várias iniciativas, incluindo a introdução de regulamentação de aluguéis em algumas regiões, bem como um maior controle sobre a construção de instalações turísticas. No entanto, os ativistas argumentam que tais medidas não são suficientes para mudar significativamente a situação.

Os comícios sobre o acesso à habitação, como a atual onda de protestos mostrou, continuarão até que as autoridades tomem medidas mais decisivas para resolver a crise habitacional no país.


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